Estudo da Cisco confirma vantagens financeiras em privacidade de dados

Estudo da Cisco confirma vantagens financeiras em privacidade de dados

Pesquisa global Data Privacy Benchmark 2020, mostra que privacidade de dados gera benefícios médios de 2,7 vezes o investimento

A Cisco publicou, no dia 27 de janeiro, a pesquisa Data Privacy Benchmark Study 2020, a terceira edição da análise feita pela companhia sobre as práticas de privacidade de dados no mundo, que revela vantagens reais crescentes para empresas que adotam práticas fortes de privacidade.

O estudo é baseado nos resultados de um levantamento duplo-cego com mais de 2.800 profissionais de segurança em organizações de portes variados em 13 países. Ele dá uma visão aprofundada da situação da privacidade um ano e meio após a entrada em vigor do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados – RGPD, da União Europeia, amplamente considerado como um marco na maneira de as organizações controlarem e gerenciarem o uso de dados pessoais.

A demanda dos clientes por maior proteção de dados e privacidade, a contínua ameaça de violação e uso indevido de dados por usuários tanto não autorizados quanto autorizados, e a preparação para o RGPD e legislações semelhantes ao redor do mundo impeliram muitas organizações a fazer investimentos consideráveis em privacidade – que, agora, estão dando ótimo retorno. As principais descobertas do estudo incluem:

• Maioria das organizações está obtendo retornos muito positivos: As organizações, em média, recebem benefícios equivalentes a 2,7 vezes o investimento que fizeram, e mais de 40% relatam benefícios que são pelo menos o dobro do que gastaram com privacidade;

• Vantagens operacionais e competitivas: mais de 70% das organizações, contra 40% no ano passado, agora afirmam obter vantagens comerciais significativas dos esforços em privacidade que vão além da conformidade, incluindo mais agilidade, maior vantagem competitiva e mais atratividade para os investidores, e maior confiança do cliente;

• Maior responsabilidade traduz-se em maiores benefícios: Companhias com pontuações mais altas em responsabilidade (de acordo com a avaliação a Accountability Wheel do Centre for Information Policy Leadership, que estrutura o gerenciamento e a avaliação da maturidade organizacional) relatam menos custos com violações, atrasos menores nas vendas e retornos financeiros mais altos;

• Oitenta e dois por cento das organizações veem as certificações de privacidade como um fator de compra: Certificações de privacidade como ISO 27701 , Priv a cy Shield UE/Suíça-EUA e o sistema Apec Cross Border Privacy Rule s estão se tornando um fator de compra relevante quando se escolhe um fornecedor terceirizado. Índia e Brasil lideram a lista, com 95% dos entrevistados concordando que certificações externas agora são um fator importante.

“Com esse estudo, agora temos evidências empíricas de que os investimentos em privacidade dão retorno para as companhias – particularmente melhor relacionamento com clientes, impacto nas receitas e resultados financeiros reais”, afirma Harvey Jang, vice-presidente e diretor executivo de Privacidade da Cisco.

Como os mercados continuam evoluindo, as organizações devem pensar em priorizar seus investimentos em privacidade no sentido de:

• Melhorarem a transparência sobre as atividades de processamento – ser claras e diretas sobre o que estão fazendo com os dados e por quê;

• Obterem certificações externas de privacidade – ISSO, Shield, CBPR e BCR têm se tornado fatores importantes no processo de compra por simplificar a devida diligência de fornecedores;

• Irem além do mínimo exigido pela lei – a privacidade é um imperativo do negócio, e a maioria das organizações está obtendo retornos muito positivos dessa despesa;

• Desenvolverem governança e responsabilidade corporativas fortes para serem capazes de demonstrar aos públicos interno e externo a maturidade de seus programas de privacidade.

O relatório, em inglês, está disponível no site da companhia.

FONTE: https://inforchannel.com.br/estudo-da-cisco-confirma-vantagens-financeiras-em-privacidade-de-dados/