Telemedicina ganha relevância em meio à COVID-19 e deve ter recursos aprimorados após pandemia

Telemedicina ganha relevância em meio à COVID-19 e deve ter recursos aprimorados após pandemia

A pandemia da COVID-19 nos mostra dia-a-dia que é algo realmente sem precedente na história recente da humanidade. Neste período, a tecnologia reforçou o seu papel provando que, sem ela, estaríamos em situação muito mais complexa social e financeiramente falando. Do ponto de vista da saúde, a evolução promovida pela digitalização salvou vidas ao viabilizar inúmeros atendimentos a distância, em ambientes seguros para médicos e pacientes.

O Teleatendimento, como é conhecida a prática de atendimento por videoconferência, gerava dúvidas quanto a sua viabilidade ética meses antes de decretada a pandemia. Mas a necessidade nos fez rapidamente migrar da dúvida para a aplicação, por uma questão de vida ou morte. Já em junho, um estudo de mercado feito com usuários das operadoras dos planos de autogestão de todo o país, para avaliar o uso dos serviços de telemedicina/telessaúde durante o período de isolamento social, mostrou que 81% dos beneficiários fariam uso de telemedicina após o fim da quarentena e o serviço recebeu 92% de aprovação.

A pesquisa também revelou que 36% dos participantes recorreram ao atendimento por vídeo para consultas de clínica geral. Em segundo lugar, ficaram as consultas relacionadas ao coronavírus (Covid-19), representando 26,5%, e, em terceiro, consultas com especialistas (21,7%). Adicionalmente, o estudo aponta que 88% dos respondentes usariam a telemedicina se fosse preciso, principalmente para casos mais simples (49%).

Cirurgias, consultas e outros procedimentos a distância

Mas a Telemedicina não termina no atendimento por vídeo. Na descrição teórica, o conceito descreve o uso das modernas tecnologias da informação e telecomunicações para o fornecimento de informação e atenção médica a pacientes e outros profissionais de saúde situados em locais distantes. Em resumo, utilizando tecnologias de ponta, incluindo serviços de telecomunicações rápidos e confiáveis, é possível a um médico ou equipe realizar cirurgias, consultas e outros procedimentos a distância, contando, obviamente, com o apoio local de profissionais também preparados.

No Rio Grande do Sul, um projeto de Telemedicina tem o objetivo de reduzir as grandes filas de atendimento oftalmológico, por exemplo. O projeto Teleoftalmologia usa a tecnologia para atendimentos, diagnósticos e prescrições a distância. Oito consultórios remotos, sendo dois em Porto Alegre, foram criados em sete macrorregiões para atender pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No modelo, o paciente é recebido por um técnico de enfermagem no consultório remoto. Este profissional se comunica com o especialista por videoconferência e o médico acompanha os exames em tempo real, podendo emitir o laudo e a prescrição por uma plataforma online. Desta forma, os deslocamentos são mais curtos, o que gera maior conforto ao paciente, principalmente.

Aprovada com louvor no teste de campo da COVID-19, a Telemedicina tende a avançar a passos largos após a pandemia. Médicos e pacientes já estão convencidos da conveniência do atendimento para casos mais simples. Sem sombra de dúvidas, não deve haver sobreposição entre o atendimento presencial e o remoto, mas as novas tecnologias chegaram para mudar a rotina da Saúde, agora mais eficiente e acessível inclusive para os cidadãos que vivem em regiões com maior dificuldade de assistência.

Para ter um processo de telemedicina completo e sem falhas, hospitais, laboratórios, clínicas e consultórios médicos demandam um serviço de telecomunicações rápido e ininterrupto, somado, obviamente, a uma estrutura computacional e sistêmica suportada por um serviço que antecipe eventuais problemas para evitar paradas indesejáveis e sem planejamento. A InfraPrime se posiciona entre os principais parceiros de organizações de diversos portes e segmentos nesta jornada da transformação digital, que vai demandar mais e mais infraestrutura tecnológica.

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