O QUE É EDGE COMPUTING E QUAL A IMPORTÂNCIA DESTA TECNOLOGIA

O QUE É EDGE COMPUTING E QUAL A IMPORTÂNCIA DESTA TECNOLOGIA

Com implantações de dispositivos de internet das coisas (IoT) e a chegada da telefonia móvel 5G, colocar computação e análise perto de onde os dados são criados está se tornando um desafio para os profissionais e gestores de tecnologia. Mas a computação em edge, ou edge computing desponta como solução na forma como as informações são manuseadas, processadas ​​e entregues a milhões de dispositivos em todo o mundo.

O crescimento explosivo de dispositivos conectados à Internet – a IoT – junto com novos aplicativos que exigem poder de computação em tempo real tornam urgentes tecnologias de rede mais rápidas, como 5G, para permitir que sistemas de computação de ponta acelerem a criação ou suporte de aplicativos em tempo real, a exemplo do processamento e análise de vídeo, carros autônomos, inteligência artificial, robótica etc.

Embora os objetivos iniciais da computação em edge fossem lidar com os custos de largura de banda para dados que viajam por longas distâncias, devido ao aumento do volume de dados gerados pela IoT, o aumento de aplicativos em tempo real que precisam de processamento na ponta impulsionará a tecnologia.

O Gartner define edge computing como “uma parte de uma topologia de computação distribuída na qual o processamento de informações está localizado próximo à borda – onde coisas e pessoas produzem ou consomem essas informações”.

Em seu nível básico, a computação em edge traz os recursos de computação e armazenamento de dados para mais perto dos dispositivos onde estão sendo reunidos, em vez de depender de um local central que pode estar a milhares de quilômetros de distância. Isso é feito para que os dados, especialmente aqueles em tempo real, não sofram problemas de latência que podem afetar o desempenho de um aplicativo. Além disso, as empresas podem economizar dinheiro tendo o processamento feito localmente, reduzindo a quantidade de dados que precisam ser processados ​​em um local centralizado ou baseado na nuvem.

A computação de borda foi desenvolvida devido ao crescimento exponencial dos dispositivos IoT, que se conectam à internet para receber informações da nuvem ou entregar dados de volta para a nuvem.

Pense em dispositivos que monitoram equipamentos de manufatura no chão de fábrica ou em uma câmera de vídeo conectada à Internet que envia imagens ao vivo de um escritório remoto. Embora um único dispositivo que produza dados possa transmiti-los através de uma rede com bastante facilidade, surgem problemas quando o número de dispositivos que transmitem dados ao mesmo tempo aumenta. Em vez de uma câmera de vídeo transmitindo imagens ao vivo, multiplique isso por centenas ou milhares de dispositivos. Não apenas a qualidade sofrerá devido à latência, mas os custos em largura de banda podem ser enormes.

O hardware e os serviços de edge computing ajudam a resolver este problema, sendo uma fonte local de processamento e armazenamento para muitos desses sistemas. Um gateway de borda, por exemplo, pode processar dados de um dispositivo de borda e, em seguida, enviar apenas os dados relevantes de volta pela nuvem, reduzindo as necessidades de largura de banda. Ou pode enviar dados de volta ao dispositivo de borda no caso de necessidades de aplicativos em tempo real.

Os dispositivos de ponta incluem desde um sensor IoT até o notebook de um funcionário, seu smartphone mais recente, a câmera de segurança ou mesmo o forno de micro-ondas conectado à internet na sala de descanso do escritório. Os próprios gateways de borda são considerados dispositivos de ponta em uma infraestrutura de computação.

Por que a computação de ponta é importante?

Para muitas empresas, a economia de custos por si só pode impulsionar a implantação de uma arquitetura edge computing. As empresas que adotaram a nuvem para muitos de seus aplicativos podem ter descoberto que os custos em largura de banda eram maiores do que esperavam.

Cada vez mais, porém, o maior benefício da computação de ponta é a capacidade de processar e armazenar dados com mais rapidez, permitindo aplicativos em tempo real mais eficientes, essenciais para as empresas.

Antes do edge computing, um smartphone que escaneava o rosto de uma pessoa em busca de reconhecimento facial precisaria executar o algoritmo de reconhecimento facial por meio de um serviço baseado na nuvem, o que levaria muito tempo para processar. Com um modelo de computação de ponta, o algoritmo pode ser executado localmente em um servidor ou gateway de ponta, ou mesmo no próprio smartphone, dado o poder cada vez maior dos smartphones.

Aplicativos como realidade virtual e aumentada, carros autônomos, cidades inteligentes e até sistemas de automação de prédios exigem processamento e resposta rápidos. No entanto, como acontece com muitas tecnologias novas, resolver um problema pode criar outros. Do ponto de vista da segurança, os dados no limite podem ser problemáticos, especialmente quando estão sendo tratados por diferentes dispositivos que podem não ser tão seguros quanto um sistema centralizado ou baseado em nuvem.

Conforme o número de dispositivos IoT cresce, é imperativo que a TI entenda os possíveis problemas de segurança em torno desses dispositivos e certifique-se de que esses sistemas possam ser protegidos. Isso inclui verificar se os dados estão criptografados e se os métodos de controle de acesso corretos e até mesmo o encapsulamento VPN são utilizados.

É claro que, embora o objetivo inicial da edge computing fosse reduzir os custos de largura de banda para dispositivos IoT em longas distâncias, o crescimento de aplicativos em tempo real que requerem processamento local e recursos de armazenamento impulsionará a tecnologia nos próximos anos. Este modelo remete a redes locais e de longa distância bem estruturadas e seguras. Lembrando, inclusive, a forte tendência de uso das redes sem fio (wireless) e seu novo protocolo, o Wi-Fi 6. Todas estas novas tecnologias já foram incorporadas pelo time de profissionais da InfraPrime, que está pronto para assistir o seu negócio na jornada da digitalização.